A terminar dois mil e quinze

Comecei há muito pouco mas já posso garantir, procurar casa é de ir aos arames. Confesso que é a primeira vez que o faço, e depois de uma infância recheada de casinhas de bonecas e uma adolescência de braço dado com Sims, uma pessoa cria expectativas, Opá, quando for grande quero uma casa de sonho, de paredes como neve e móveis criados nas sombras, uns apontamentos de vermelho aqui e ali, ou outra cor talvez, para alegrar o binário base, quero uma sala grande com um cadeirão num vértice, junto a uma estante-biblioteca, é o meu espaço de leitura, e uma cozinha com ilha, sempre achei graça a esses fragmentos de móvel emergindo do soalho de pedra. No mundo das casas para arrendar não há destas coisas, muito menos para um bolso que só vai ver o seu primeiro ordenado no fim de Janeiro. Sonhos. Lá terei de baixar os padrões para uma realidade plausível, mas felizmente o Biscoito está comigo nesta busca. Essa é a melhor parte, agora oficial: pois que vamos juntar migalhas dentro de uns escassos meses.

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