Dos acordares

Quando acordo e vejo os rectângulos de luz das persianas tatuados na parede do quarto, lembro-me sempre dos meus cinco anos e das noites passadas no sofá dos meus avós. A ideia do escuro absoluto deixava-me inquieta, e saber que a manhã ia chegar naqueles sóis de quatro arestas era o suficiente para me confortar como um abraço bem quente. E ainda hoje o faz.

Sem comentários:

Enviar um comentário