A modos que são fases

Quem decidir embarcar na aventura de ler este blog de uma ponta à outra vai perceber que o que escrevo funciona por fases, as marés das minhas palavras seguem fielmente as luas dos meus humores, não os consigo separar. Encontro nos arquivos amizades de canela e chocolate, que me deixam em sorrisos a cada colher que provo, fluem palavras de optimismo pelos dias que me esperam impacientes, chovem obrigadas pelas presenças e abraços, pelos risos e figuras tristes em público, daquelas que ficam para a história na gaveta das situações-embaraçosas-das-quais-não-abdicava-por-nada-deste-mundo. Depois existem as depressões e os dias escuros, que não foram poucos e mais do que me orgulho, tatuei as tristezas em textos de lágrimas, escrevi vazios e desamores às mãos da solidão, quebrou-me a confiança e reduzi-me a caixas de sótão, esquecidas até aos momentos de necessidade. Agora apetece-me escrever odes ao cupido com recheio a corações, porque os dias trazem-me o amor aos lábios, restando sempre um sabor a mel, porque grito felicidade em cada milímetro do corpo, daquela tão plena que é criminoso condenar aos contornos serpenteantes das palavras. É esta a lua que agora as marés seguem.

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